Mesmo com crescimento acelerado nas vendas, segmento ainda enfrenta desafios como preço e infraestrutura
O número de motos elétricas no Brasil cresceu 52,6% no primeiro semestre de 2025, com mais de 5.400 unidades emplacadas. Apesar do avanço expressivo, elas ainda representam menos de 1% das motos em circulação no país.
Mas afinal, vale a pena ter uma moto elétrica hoje?
A resposta depende do perfil do condutor, da cidade em que ele vive e do tipo de uso diário. Veja os principais pontos positivos e negativos:
Vantagens:
Economia no uso
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O custo para rodar 100 km com uma moto elétrica é até 10x menor que o da gasolina.
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Sem necessidade de trocas de óleo ou velas, a manutenção é mínima.
Sustentabilidade
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Zero emissão de poluentes e ruído muito menor, ideal para áreas urbanas.
Boa para o trânsito urbano
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As motos elétricas têm aceleração instantânea e bom desempenho no anda-e-para das cidades.
Incentivos
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Em algumas cidades há isenção de IPVA, rodízio livre e descontos em estacionamentos privados.
Desvantagens:
Infraestrutura
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Ainda há poucos pontos de recarga públicos no Brasil, o que limita o uso em trajetos mais longos.
Tempo de recarga
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Mesmo nos modelos rápidos, a recarga leva mais tempo que um simples abastecimento com gasolina.
Preço de aquisição
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Muitos modelos elétricos ainda custam mais que equivalentes a combustão, mesmo entre os de baixa cilindrada.
Assistência e peças
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A maioria das marcas elétricas ainda não tem uma rede consolidada de assistência técnica, o que pode ser um problema fora dos grandes centros.
Quando vale a pena?
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Para quem roda até 100 km por dia, principalmente em áreas urbanas.
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Se você tem ponto de recarga em casa ou na empresa.
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Para uso em delivery, deslocamento leve ou transporte pessoal em cidade plana.
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Se busca economia no médio/longo prazo e menor impacto ambiental.
Mercado em expansão
Modelos como os da VMoto, Watts, GCX e Shineray lideram as vendas em 2025, e há expectativa de entrada de marcas maiores, como Yamaha e Honda, com projetos mais robustos e rede técnica consolidada.
A previsão é que até 2030, o Brasil tenha centenas de milhares de motos elétricas circulando, impulsionado pela alta no preço dos combustíveis e mudanças climáticas.