O Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCGBM) publicou um conjunto de normas que endurece as exigências para a instalação de carregadores de veículos elétricos em prédios no Brasil. As regras incluem chuveiros automáticos contra incêndio, pontos de desligamento manual próximos às vagas e sistemas de ventilação mecânica, o que gerou críticas de entidades do setor imobiliário e automotivo, que consideram o rigor excessivo.
Segundo o documento, os parâmetros foram definidos com base em estudos internacionais, análises periciais e registros de ocorrências reais no país. A ideia é unificar diretrizes para a construção civil, indústria automotiva e usuários, em conformidade com normas já vigentes, como NBR 5410, NBR 17019 e NBR IEC 61851-1.
Entre as exigências, estão:
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Ponto de desligamento manual de todas as estações de recarga a até 5 metros da entrada da garagem e das próprias vagas;
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Disjuntor exclusivo entre os módulos de recarga e a rede elétrica;
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Sinalização padronizada dos pontos de recarga e de desligamento;
Nos prédios novos, as regras são ainda mais rigorosas: exigem sistema de detecção de incêndio, sprinklers automáticos, ventilação mecânica e estrutura capaz de resistir ao fogo por pelo menos duas horas.
Enquanto os Bombeiros defendem a medida como essencial para a segurança, associações de construtoras e do setor elétrico argumentam que as exigências podem encarecer e atrasar a expansão da infraestrutura de recarga para veículos elétricos no país.