Helsinque, na Finlândia, adotou limites de velocidade de até 30 km/h, ruas estreitas, fiscalização rígida e multas proporcionais à renda
Enquanto cidades brasileiras ainda registram milhares de sinistros de trânsito por ano, a capital da Finlândia, Helsinque, alcançou um feito histórico: não registrou nenhuma morte por atropelamento ou acidente de carro entre julho de 2024 e julho de 2025.
Com cerca de 700 mil habitantes — número semelhante a cidades como Sorocaba (SP), Uberlândia (MG) e Nova Iguaçu (RJ) — Helsinque conseguiu atingir a meta “zero mortes” graças a um conjunto de medidas urbanísticas, educativas e de fiscalização.
As principais estratégias adotadas foram:
🚦 Velocidade máxima de 30 km/h em 60% das vias urbanas;
🚗 Ruas estreitas (3,3 metros) e árvores no meio-fio, que forçam o motorista a reduzir a velocidade;
👩🏫 Formação rigorosa de condutores, com aulas obrigatórias de direção defensiva e habilitação provisória com regras duras;
📹 Rede de câmeras de fiscalização automática, que gera multas automáticas para quem excede o limite;
💸 Multas proporcionais à renda, que podem ultrapassar os 100 mil euros — como no caso de um milionário multado em 2023;
🚴 Infraestrutura cicloviária e transporte coletivo forte, reduzindo a dependência do automóvel.
O impacto
De acordo com estudos internacionais, reduzir a velocidade de 50 km/h para 30 km/h multiplica por oito as chances de sobrevivência de um pedestre em caso de atropelamento. Além disso, engenheiros de tráfego em Helsinque analisam cada acidente fatal para modificar cruzamentos ou trechos críticos.
Enquanto isso, cidades brasileiras como Uberlândia, Sorocaba e Nova Iguaçu ainda acumulam centenas de mortes e milhares de feridos todos os anos, reforçando o contraste entre a realidade nacional e a política de mobilidade do país nórdico.