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Empresas anunciam investimento de R$ 1,3 bilhão para operação de carros voadores em São Paulo

Parceria entre a startup Revo e a Eve, da Embraer, prevê início das operações até 2027 com frota de 50 eVTOLs

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Empresas anunciam investimento de R$ 1,3 bilhão para operação de carros voadores em São Paulo

Foto de Divulgação / Crédito: Assessoria

Business
São Paulo poderá se tornar a primeira cidade do Brasil a operar carros voadores comerciais. A startup Revo, especializada em mobilidade aérea urbana, anunciou nesta semana um acordo com a Eve Air Mobility, empresa criada pela Embraer, para aquisição de até 50 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical – os chamados eVTOLs.
 
O investimento, que pode ultrapassar R$ 1,3 bilhão, inclui a frota, infraestrutura de manutenção, suporte técnico e treinamento de pilotos e equipes operacionais. A expectativa é que as primeiras operações comerciais comecem entre o fim de 2027 e o início de 2028, caso todas as etapas de certificação e estruturação logística sejam concluídas.
 
“O Brasil é hoje o maior mercado de helicópteros do mundo e tem um enorme potencial para liderar também na mobilidade aérea elétrica”, disse João Welsh, CEO da Revo.
 
 
 
Foco em São Paulo
A operação será voltada inicialmente para rotas de alto fluxo na capital paulista, como ligações entre regiões comerciais e aeroportos – por exemplo, Faria Lima e Aeroporto de Guarulhos. Para isso, será necessária a construção de vertiportos e pontos de recarga elétrica adaptados ao novo sistema de transporte.
 
Tecnologia e sustentabilidade
Os eVTOLs da Eve são 100% elétricos, com baixo ruído e emissão zero, e projetados para voos curtos e seguros em áreas urbanas. A aeronave é equipada com sistemas redundantes, comandos fly-by-wire e deve transportar até quatro passageiros além do piloto.
 
Além da parceria com a Revo, a Eve já anunciou a construção de uma fábrica no município de Taubaté (SP), que recebeu apoio do BNDES com cerca de R$ 490 milhões em crédito para o desenvolvimento da nova geração de mobilidade aérea.
 
Desafios e regulamentação
Apesar do avanço, ainda há desafios a serem superados:
 
  • Homologação e certificação da aeronave junto à ANAC;
  • Construção de vertiportos e estrutura de apoio urbano;
  • Capacitação de pilotos para operação elétrica e vertical;
  • Definição de preços e aceitação do serviço pelo público.
 
Mesmo assim, especialistas destacam que o Brasil avança rápido no segmento, e a entrada de players como Eve e Revo pode consolidar o país como referência global em mobilidade aérea.

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