Calor acima dos 35°C pode estar aumentando agressividade no trânsito de Porto Velho
As altas temperaturas registradas em Porto Velho, somadas ao período crítico de queimadas na região, não afetam apenas o conforto físico da população. Especialistas apontam que o calor intenso aliado à baixa qualidade do ar pode influenciar diretamente o comportamento no trânsito, aumentando os níveis de estresse e, consequentemente, a agressividade ao volante.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital rondoniense vive nesta época do ano sua estação mais quente, com temperaturas máximas médias acima de 33 °C, podendo chegar a picos de 34 °C. Embora os registros raramente ultrapassem 35 °C, o calor constante, aliado à umidade relativa do ar mais baixa e à fumaça, agrava o desconforto físico e mental.
O psicólogo e especialista em comportamento no trânsito, Marcos Ferreira, explica que “o calor excessivo aumenta a temperatura corporal, acelera o batimento cardíaco e, junto com a poluição do ar, pode gerar fadiga e irritabilidade. Esse conjunto de fatores deixa motoristas mais propensos a reações impulsivas diante de congestionamentos, fechadas ou manobras inesperadas”.
A Polícia Militar de Trânsito relata que, em períodos de seca e calor intenso, é comum observar mais ocorrências envolvendo discussões e desentendimentos entre condutores. Além disso, a visibilidade reduzida pela fumaça em dias de queimadas aumenta a tensão nas vias, tornando o trânsito mais hostil.
Para reduzir o risco de comportamentos agressivos, especialistas recomendam manter o veículo ventilado, hidratar-se com frequência, usar roupas leves e evitar dirigir por longos períodos durante as horas mais quentes do dia. Planejar rotas menos congestionadas e manter a calma diante de imprevistos também são medidas essenciais.
Com a previsão de que o calor e as queimadas continuem intensos nos próximos meses, o alerta é para que motoristas redobrem a paciência e a atenção, preservando a segurança de todos que circulam pelas ruas da capital.