Bomba 'burra': golpe em postos do PCC faz pagar mais abastecendo menos

Fraude volumétrica pode reduzir em até 30% o combustível entregue; saiba como identificar

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Bomba 'burra': golpe em postos do PCC faz pagar mais abastecendo menos

Foto de Divulgação / Crédito: Luis Andreoli

Business

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Uma investigação da Polícia Federal revelou como facções criminosas, incluindo o PCC, se infiltraram no setor de combustíveis em todo o Brasil, controlando postos, distribuidoras, usinas de etanol e até fintechs. Um dos esquemas mais lucrativos descobertos é a chamada fraude volumétrica, popularmente conhecida como “bomba burra”.
 
Como funciona a fraude
 
O golpe é aplicado diretamente na bomba de combustível, manipulada com dispositivos eletrônicos chamados de bombas chipadas. Com isso, os números exibidos no mostrador não correspondem à quantidade real de combustível que entrou no tanque.
 
Segundo o Instituto Combustível Legal (ICL), foram identificadas diferenças de até 31% entre o valor pago e o volume abastecido. Somente em 2025, o ICL realizou mais de 2 mil fiscalizações, que resultaram em 700 denúncias de fraude e adulteração.
 
Como o motorista pode se proteger
  • Conheça a capacidade total do tanque do seu veículo.
  • Prefira pedir em litros, e não por valor (exemplo: “20 litros” em vez de “R$ 150”).
  • Esse método dificulta o golpe, pois a fiscalização também trabalha com base no volume, e o sistema fraudulento pode ser automaticamente desativado.
 
Impacto bilionário
 
Entre 2020 e 2024, o esquema movimentou mais de R$ 52 bilhões. Além da fraude volumétrica, houve adulteração com excesso de etanol, uso de metanol — altamente corrosivo e perigoso — e até adição de água.
 
A Operação Carbono Oculto, liderada pela Receita Federal e pela PF, revelou que o crime organizado controla desde a produção em usinas até a lavagem de dinheiro por meio de fundos de investimento e fintechs. Mais de 350 mandados de busca e apreensão já foram expedidos.

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