Relatório da CNT mostra que BRs que cruzam o país concentram maior parte das fatalidades
Um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou os cinco trechos rodoviários mais perigosos do Brasil em 2024, com base no número de acidentes, mortes e feridos. O estudo, divulgado nesta terça-feira (16), revela que as rodovias federais de maior movimento concentram a maior parte das ocorrências fatais, especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Os dados reforçam a urgência de investimentos em infraestrutura, sinalização e fiscalização para reduzir os números alarmantes registrados ano após ano.
As 5 estradas mais perigosas do Brasil (2024):
BR-116 (liga o Ceará ao Rio Grande do Sul) – 13,3% das mortes
A mais extensa rodovia do país, com tráfego intenso e histórico de colisões frontais, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.
BR-101 (corta o litoral do Nordeste ao Sul) – 11,9%
Apesar de duplicada em alguns pontos, ainda possui muitos trechos de pista simples, com curvas fechadas e sinalização precária.
BR-153 (Transbrasiliana – Pará ao Rio Grande do Sul) – 4,4%
Longa e mal conservada em diversos trechos, é importante corredor logístico, mas registra alto índice de acidentes com caminhões.
BR-163 (do Rio Grande do Sul ao Pará) – 3,9%
Crucial para o escoamento da produção agrícola, possui áreas com infraestrutura precária, especialmente no Norte.
BR-316 (de Belém a Maceió) – 3,6%
Presente em diversas capitais do Norte e Nordeste, concentra tráfego urbano intenso e misto entre veículos leves e pesados.
Causas mais comuns:
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Excesso de velocidade
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Ultrapassagens perigosas
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Falta de manutenção
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Sinalização precária
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Trechos de pista simples com tráfego intenso
O que diz a CNT:
Segundo a Confederação, mais de 65% das mortes em rodovias federais ocorreram em apenas 10% dos trechos analisados, o que demonstra a necessidade urgente de intervenções localizadas para reduzir drasticamente as estatísticas.